O Caminho da Recuperação – Parte 2
No último artigo sobre o Caminho da Recuperação, comentamos que não importa como a análise é feita, a falta de disciplina em gestão se correlaciona com o declínio e a ardente adesão à disciplina em gestão se correlaciona com a recuperação e a ascensão. Citamos também a Lei de Packard, que fala em crescimento e a capacidade em contratar as pessoas certas para esse crescimento.
Lembrando a Lei de Packard: Nenhuma empresa pode aumentar sua receita, de forma constante, mais rapidamente do que a capacidade de contratar as pessoas certas em número suficiente para implementar esse crescimento e ainda se tornar uma empresa excelente.
No caminho de recuperação é essencial, além de melhorar a gestão, desenvolver equipes com mentalidade positiva e maturidade para enfrentar a situação atual do negócio. É o que faz a diferença nos resultados. Observem as diferenças entre equipes em declínio e equipes em ascensão:
Equipes em Declínio |
Equipes em Ascensão |
As pessoas protegem as pessoas no poder de más notícias, com medo de serem punidas ou criticadas por revelar a dura realidade.
|
As pessoas apresentam fatos desagradáveis – “Venha aqui, olhe, isto é horrível” – para serem discutidos; os líderes nunca criticam as pessoas que revelam a dura realidade.
|
As pessoas sustentam com veemência suas opiniões sem fornecer dados, evidências ou argumentos concretos.
|
As pessoas levam dados, evidências, lógica e argumentos concretos à discussão.
|
O líder de equipe tem uma proporção muito baixa de perguntas em relação a afirmações, evitando críticas e/ou permitindo um raciocínio sem nenhum rigor e opiniões sem fundamento.
|
O líder de equipe emprega um estilo socrático, utilizando uma alta proporção de perguntas em relação a afirmações, questionando as pessoas e forçando insights profundos.
|
Os membros da equipe concordam com uma decisão, mas não se unem para que a decisão seja um sucesso, ou pior, questionam a decisão depois de ser tomada.
|
Os membros da equipe se unem depois que uma decisão é tomada e trabalham para que ela tenha sucesso, mesmo que tenham discordado efusivamente da decisão.
|
Os membros da equipe buscam o máximo de crédito possível para si, mas não têm a confiança ou admiração dos colegas.
|
Cada membro da equipe credita os outros pelo sucesso e conta com a confiança e a admiração dos colegas.
|
Os membros da equipe argumentam para parecer espertos ou seguir os próprios interesses, em vez de argumentar para encontrar as melhores respostas para sustentar a causa geral.
|
Os membros da equipe argumentam e discutem, não para melhorar sua posição pessoal, mas para encontrar as melhores respostas para sustentar a causa geral.
|
A equipe conduz “autópsias com culpa” buscando culpados em vez de sabedoria.
|
A equipe conduz “autópsias sem culpa” extraindo sabedoria de experiências dolorosas.
|
Os membros da equipe muitas vezes deixam de apresentar resultados excepcionais e culpam os outros ou fatores externos pelos empecilhos, erros e fracassos.
|
Cada membro da equipe apresenta resultados excepcionais, mas, no caso de dificuldades, cada um assume a plena responsabilidade e aprende com os erros.
|
O caminho da recuperação deve ser consistente com uma forte dedicação na gestão e nas equipes, criando assim um time com patamares diferenciados, alcançando resultados extraordinários. Equipes de alta performance alcançam resultados conforme sua qualidade!
Cuide da sua equipe, melhore a sua gestão e obtenha resultados surpreendentes!
Marcelo Luz Alves | Consultor da MERITHU
Referências:
Livro: “Como as Gigantes Caem” – Jim Collins
Imagem de capa: Diagrama Consultoria